Rally dos Sertões,
uma experiência a alcancede todos
Você é apaixonados
por carros ou já pensou em participar de um rally? Que tal participar
de uma das maiores provas de rally das Américas sem compromisso
com a velocidade e colocações?
O objetivo é percorrer paisagens paradisíacas, acampar,
tomar banho de cachoeira e interagir com a cultura local. E, para quem
pensa que a velocidade e adrenalina não estão presentes,
está totalmente enganado. Ela está entranhada em cada
momento como a poeira do sertão.
Para participar do Rally dos Sertões,
ao contrario do que muitos pensam, você não precisa ser
um piloto e não precisa ter um carro preparado. Basta ter disposição
para encarar mais de 4 mil quilômetros de aventura. Esse é
o propósito da categoria Expedition.
A largada foi dada da cidade de Goiânia onde foi montado um verdadeiro
circo do automobilismo e motociclismo. Percorrer os boxes de cada equipe
e observar a estrura necessária já é um grande
barato!!!
O dia-a-dia da categoria expedition em suma era percorrer cerca de 400
km e, ao final do dia havia alguma atividade ou aventura. Para tal percurso,
além do piloto, foi necessário a presença de um
navegador que ganhou uma planilha da organização indicando
detalhadamente a quilometragem, bifurcações e cuidados
a ser tomado durante todo o percurso.
A vantagem dessa categoria é a liberdade. Não existem
médias horárias pré-determinadas, ou seja, aqueles
que quiserem andar bem devagar curtindo a natureza e paisagem assim
o fazem, como também têm aqueles que preferem acelerar
e se divertir com a velocidade, valendo o bom senso e a prudência.
Deixamos Goiânia rumo a cidade de Aruanã. No almoço
passamos pela cidade histórica de Goiás conhecendo um
pouco de sua cultura. No volante as estradinhas "poeirentas"
deixavam a emoção a flor da pele. Verdadeiros saltos em
lombadas tirando as quarto rodas do chão, curvas fechadas que
devido ao piso seco e escorregadio era inevitável sair de lado
exigindo uma boa perícia para segurar o carro.
Neste dia, pegamos um barco "voadeira" no Rio Araguaia (divisor
de Goiás do estado de Mato Grosso) e presenciamos um lindo por
do sol antes de atracar em uma maravilhosa praia de água doce.
Acampamos num local com boa estrutura e um delicioso churrasco deu as
boa vindas a todos de nossa categoria. Abrir a barraca no dia seguinte
e ver o sol nascendo nas margens do Araguaia também foi mágico.
Enfrentamos mais dois dias de voltante sempre exigindo atenção
redobrada do navegador indicando riachos, pontes quebradas, erosões
e caminhos escondidos a serem tomados.
Em alguns pontos era fundamental usar a tração 4x4. Chegamos
em Palmas, no estado de Tocantis - uma capital moderna e bem planejada
e pudemos assistir a chegada de mais uma etapa da categoria de velocidade,
a categoria Cross Country.
De Palmas seguimos para Taguaruçu,
um point turístico repleto de
cachoeiras. Em uma delas, os 40 carros da categoria expetition pararam
para fazer um rapel de 50 metros. Com o calor que estava fazendo, valeu
o rapel e o banho de cachoeira.
Estávamos prontos e revigorados para atravessar o trecho mais
cansativo, o deserto do Jalapão. Passamos pelas cidades de São
Féliz do Jalapão e Natividade, onde acampamos. Sol de
rachar, umidade baixíssima e uma camada de pó que proporcionava
muita poeira tornando-se impossível andar próximo ao carro
da frente.
Nesse trecho, houve a primeira avaria de nossa valente camionete S10
-com o pó excessivo uma das rodas caíu em um gigantesco
buraco e como a pancada foi tão forte, além do pneu sair
da roda, a mangueira do freio foi danificada. O Pára-choque e
farol também foram arrancados. Dirigimos 60Km sem freio até
chegar em Natividade e nossa equipe de apoio de fábrica rapidamente
arrumou tudo. A robusta camionete prosseguiu de forma impecável
no restante de todo o Rally.
De
volta ao estado de Goiás mais uma vez enchemos a caçamba
da S10 com cestas básicas e materiais escolares. Dois caminhões
abarrotado desses itens abasteciam os carros da categoria expedition
que se prontificaram a realizar a ação sócia e
a deixar um pouco de alegria e esperança no meio do sertão
e em lugares muito pobres onde só os carros 4x4 chegavam.
Um dia foi muito pouco para outro de nossos destinos. Passamos pela
Chapada dos Veadeiros e conhecemos o Vale da Lua e várias cachoeiras,
como não poderia ser diferente, um dia de muito sol e calor.
Pena que foi tão rápido pois a natureza foi caprichosa
nesse lugar tão acolhedor.

Prestes a entrar no Distrito Federal,
no final do dia, chegamos na cidade de Formosa, em nosso oitavo dia
de rally e mais uma vez, fomos recebidos por uma das mais belas cachoeiras
já vistas, o Salto de Itiquira, com mais de cem mentros divinos
de altura - maravilhoso!!!!
Ainda nesse mesmo dia, alteramos nossa programação e conhecemos,
pela minha primeira vez, Brasília à noite. Com o carro
repleto de poeira e chamando atenção de todos, circulamos
pelo conjunto arquitetônico ao redor do Congresso Nacional.
Antes de retornar a Goiânia, ainda tivemos fôlego para mais
aventura e na encantadora cidade histórica de Pirenópolis,
fizemos uma tirolesa e
participamos de um animado arborismo que se encerrou com um rapel de
30 metros de um grande Jatobá.
De volta a Goiânia chegamos a tempo de ver a festa da vitória
contagiante de Edu Piano e Rogério de Almeida.
Chegamos ao fim o 13º Rally
dos Sertões, ficando a certeza que voltarei para conhecer muitos
outros lugares maravilhosos do Centro-oeste Brasileiro.
Dicas de Turismo: Onde Ficar:
Goiânia - Castro´s Hotel 0800623344 - castro@castrospark.com.br
Palmas - Hotel Rio do Sono (63) 3219.6800 - reserva@hotelriodosono.com.br
Alto Paraíso - Pousada Camelot - (62) 3446.1581 -
pousadacamelot@pousadacamelot.com.br
Em Pirenópolis: Drena Turismo: (62) 3331.3336 - drena@vivaventura.tur.br
Coluna Anterior:
"Big
Biker e Iron Biker, as duas mais difíceis provas do MTB brasileiro"
Guilherme Rocha teve o patrocínio de :
Goodyear
Chevrolet
Nestlé/Powerbar
Osklen
TAM
Apoio:
AM4
- a Internet de Resultados
Academia Estação do Corpo
Secretaria de Comunicação de Tocantis
Um abraço do tamanho do Rally dos Sertões
Guilherme
Rocha
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