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PROJETO SALVE O RIO PARAÍBA DO SUL

- Serra Fina, a nascente mais alta de sua bacia

Seguimos pela rodovia Presidente Dutra tendo como destino a cidade de Cruzeiro, a 220 quilômetros da capital paulista. Depois que deixamos Cruzeiro, foram mais 33 quilômetros subindo a serra até chegar a cidade mineira de Passa Quatro. Já de tardezinha, armamos nossas barracas na Fazenda Toca do Lobo. Acordamos cedo com os primeiros raios de sol de uma bonita manhã e após um rápido alongamento, enfrentamos, pela frente, um dos trekking mais difíceis do Brasil até o ponto culminante do estado de São Paulo.
Nossa equipe era formada por Renato, Rogério, Sílvio, Pat Linger, o marinheiro de primeira viagem Vítor Vianna e eu. Passo a passo, subimos pelas arestas dos contrafortes da Serra da Mantiqueira.

Além da mochila pesada com barraca, fogareiro, roupas de frio, saco de dormir e mantimentos, tínhamos como agravante a falta de água para realizar a travessia.

No primeiro dia, dormimos em um platô entre o Pico do Capim Amarelo e a Pedra da Mina. No dia seguinte, depois de várias horas de caminhada por cristas e pequenas escaladas para vencer um ou outro obstáculo empinado, chegamos aos pés da Pedra da Mina. Era hora de saborear a água límpida e com sabor ferruginoso a cerca de 2600 metros de altitude. Estávamos bebendo a água da nascente mais alta do Rio Paraíba do Sul.

Mais um dia de aventura e assinamos o livro de registro a 2.798,39 m de altitude o que lhe confere o título de quarto ponto culminante do Brasil. Até o ano de 2.000, quando foi feita sua medição pelo geógrafo Lorenzo Giuliano Bagini, não se sabia que tratava-se da montanha mais alta da serra, pois se acreditava, até então, ser o Pico das Agulhas Negras mais alto; atualmente o IBGE já a reconhece como tal.

Em busca da nascente mais alta na Serra Fina
(Guilherme Rocha)

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