PROJETO
SALVE O RIO PARAÍBA DO SUL
- Balonismo
e Rapel sobre o Rio Paraíba
Ainda era madrugada quando acordamos com
o objetivo de encontrar um lugar ideal para inflar o grande envelope
do balão de Jorge Greguinho. Entre a Via Dutra e o Rio Paraíba
na cidade de Queluz/SP (211 km de SP) o balão tomava sua forma
em meio à névoa da manhã.
O massarico “gospe” fogo e quebra o silêncio quase
bucólico daquele lugar, esquentando o ar interno do balão.
Começamos subir lentamente. O balonismo é considerado
um dos esportes mais seguros do mundo e curiosamente quem manda em sua
direção são as correntes de vento. Jorge explica
que o único comando do piloto é subir ou descer.
Cristina, o piloto Jorge e eu começamos
a perder altitude para uma manobra ousada. “Vamos tocar o cesto
do balão na lâmina do Rio Paraíba até molhar
nossos pés”. Com muita perícia e com os pés
gelados, começamos novamente a ganhar altitude. Após 45
minutos de vôo, equipei Cristina com cadeirinha de escalada, freio
e joguei os 90 metros de corda até tocar o Rio. Com expressão
de medo, Cristina começou a descer pendurada por um fio tendo
como missão coletar mais uma amostra de água do Rio Paraíba.
Lá embaixo, o caiaque inflável a aguardava para seu resgate.
“Fiz o melhor rapel da minha vida, foi muito lindo, mas gostaria
que o nosso Rio estivesse lindo e limpo” – diz Cristina.
Com a amostra de água corretamente
guardada, visitamos um exemplo de sustentabilidade utilizando os recursos
do Paraíba. Bem perto do nosso pouso, uma organização
sem fins lucrativos transforma tufos de um capim chamado Taboa, encontrado
em brejos, em belas peças de artesanato (tapetes, bolsas, descansos
de prato, bandejas). A organização emprega várias
senhoras da comunidade na confecção dos itens que começam
ganhar espaço no Brasil e até no exterior.
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Preparando para o Vôo
de Balão (Guilherme Rocha) |
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