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PROJETO SALVE O RIO PARAÍBA DO SUL

- “ De cabeça para baixo” – Limpeza >> Sujeira

Era uma manhã de domingo em Resende-RJ (a 190 km do Rio de Janeiro) e o mundo estava de cabeça para baixo: o Rio Paraíba passou rápido sobre a minha cabeça assim como um “calafrio”, o cinto de segurança apertou muito meu peito com o efeito da gravidade, e já estava fazendo um looping. Mais uma vez sobrevoamos o Paraíba do Sul, só que dessa vez de uma forma mais louca e com uma altíssima dose de adrenalina. O cardiologista e bi-campeão brasileiro Haroldo Jukka me levou para testar meu coração num vôo acrobático. Para vocês terem uma idéia, a única posição que não voamos foi no plano horizontal.

O principal uso das águas deste trecho do rio é o abastecimento público. Nele, estão localizadas várias estações de tratamento de água e o maior parque industrial da bacia.

Segundo nossas amostras, nos domínios da cidade de Resende (próximo ao bairro Toyota), a água é própria para o banho no Paraíba. Mas infelizmente, a qualidade de água vai caindo no sentido do fluxo do rio, na mesma medida em que a poluição orgânica, a poluição fecal e o nível de nutrientes são crescentes, em decorrência principalmente das atividades urbanas.

Os pontos mais críticos se localizam a jusante de Barra Mansa e Volta Redonda e estão associados à presença das indústrias de maior porte como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Dupont do Brasil, Clariant, Companhia Siderúrgica Barbará, Basf Cyanamid e outras. Os efeitos de substâncias tóxicas e metais pesados ainda são significativos nas águas do rio Paraíba do Sul aliado à ocupação urbana.

A perigosa dependência no abastecimento de água do Rio de Janeiro
Na Estação Elevatória de Santa Cecília, localizado no município carioca de Piraí, o Rio Paraíba do Sul sofre uma importante divisão:
64% de suas águas são desviadas para o Rio Guandu (cerca de 160 m?/s). O Rio Guandu praticamente é responsável por todo o abastecimento de água do Rio de Janeiro, através da Estação de Tratamento de Guandu. 85% de sua região metropolitana do Estado (cerca de oito milhões de pessoas) bebem e se abastecem da água que vem do Rio Paraíba do Sul. Estrategicamente quando houver um acidente de sérias proporções no Paraíba do Sul, ou até mesmo a inviabilidade do seu tratamento por demasiada poluição haverá um colapso no abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro e de toda região metropolitana do Estado.

36% seguem em direção a sua Foz passando por uma porção do Estado de Minas Gerais e retornando para o Estado do Rio de Janeiro até o mar. A baixa vazão do rio neste trecho exige uma estratégia de controle de modo a não permitir o lançamento indiscriminado de cargas poluentes. As fontes poluidoras são basicamente despejos domésticos de pequenas cidades como Barra do Piraí, Vassouras, Andrade Pinto, Valença e Paraíba do Sul.

A jusante de Três Rios, após a confluência com os rios Piabanha e Paraibuna, o Paraíba do Sul apresenta um aumento acentuado de vazão. O Rio Piabanha e seus afluentes Preto e Paquequer são os principais corpos receptores de todos os despejos domésticos e industriais dos municípios de Petrópolis e Teresópolis, respectivamente.

Apesar de sua bacia abranger 88 municípios mineiros, sua área cobre somente 5% do Estado de Minas Gerais.

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