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EXPEDIÇÃO
DESERTOS: "Do Brasil ao Deserto mais Árido do Mundo" Nossa
equipe formada por seis integrantes (Fabricio Miyasato, Silvio Oliveira,Albert
Júnior, Fabio Fontana, Pat Linger e eu) deixou o Brasil por Foz
do Iguaçu e adentrou na Argentina, tendo como destino a cidade
de Salta, onde reabastecemos de todas as provisões necessárias
para enfrentar o deserto, ou seja, compramos 100 litros de água,
repusemos nosso estoque de comida e reserva extra de diesel, já
que trechos totalmente desabitados estavam por vir. Infelizmente, mesmo estando totalmente adaptados a legislação de trânsito deste país (ver dicas abaixo)constatamos a fama da polícia Argentina, exigindo propina a cada posto policial. Opa, aqui vamos abrir um parênteses: saímos de Salta em uma altitude média de 1.480m e chegamos aos impressionantes 4.700m sobre quatro rodas, uma vez que cuzamos a Cordilheira dos Andes. Praticamente todo o trajeto foi percorrido em estradas não pavimentadas. Já era o quarto dia de viagem e uma situação marcou muito: Albert, quando acordou de um longo cochilo no banco de trás, chegou a achar que estava sonhando pois estávamos cruzando uma paisagem totalmente inimaginável. Por todos os lados havia sal e o chão era semelhante a um imenso tabuleiro com formatos hexagonais no solo. Trata-se de uma camada grossa resultante da evaporação de águas salgadas e tensão provocada pelas mudanças de temperatura da crosta. Uma alegria contagiou a todos diante da primeira prova que estávamos em um território de características de um deserto. Mais alguns quilômetros e nova transição: o branco dominante do salar deu lugar ao pó e algumas gramíneas amareladas e castigadas pela aridez. Aqui tivemos nossa primeira lição: onde há água, há vida. Um cata-vento bombeia água captada a 25 metros de profundidade. Esta água irriga, em pleno deserto, uma estufa onde são plantados hortaliças, verduras e legumes. Em um raio de aproximadamente 200Km de isolamento, uma família sobrevive transformando pó em verde. A paisagem por onde passávamos era de casas peculiares de pedras com telhados feitos de árvores rasteiras e muitas lhamas pastando no meio do nada. Aliás, uma lhama apaixonou-se pelo Sílvio e não o largou mais (e por causa disto,foi o único que não quis experimentar carne de lhama, muito boa por sinal). A estrada continuava horrível: sem pavimento, "zilhões" de buracos e sem nenhuma estrutura na hora do apuros. Quase
na fronteira com o Chile, encontramos vários bolders (pedras
pequenas ideais para a escalada técnica), não resistimos
e paramos para dar uma escalada a mais de 4 mil metros de altura, haja
fôlego!!! À medida que seguíamos pelas intermináveis
estradas de terra, divagávamos na grande dimensão e percebíamos
como éramos pequenos e insignificantes perto daquela imensidão
do deserto, poço de surpresas que ainda estávamos para
desfrutar.
Dicas 1- Carro: Distâncias
São Paulo a Foz do Iguaçu 1.024Km
Estradas: São Paulo a Foz do Iguaçu Rod. Castello Branco (SP280), BR 369 (passa por Londrina e Cascavel) e BR 277 até Foz do Iguaçu Foz de Iguaçu a Corrientes Ar Ruta 1 Corrientes a Salta Ruta 16 até Rio Piedras e Ruta 09 até Salta Ar. Salta a San Antonio de Los Cobres Ar Ruta 51 S an Antonio de Los Cobre a Susques estrada sem nome. Susques a Paso de Jama Ruta 16 Paso de Jama a San Pedro de Atacama Ch Ruta 27 San Pedro de Atacama a Calama Ch Ruta 23 Calama a Quillagua Ch - Ruta 25 e 05 (Rodovia Panamericana sentido norte do Chile) Obs.: Há uma outra alternativa que passa pelo Paso de Sico ao invés do Paso de Jama, mas a primeira possui salares, passa por uma altitude de 4.200m e paisagens mais charmosas, apesar da estrada ser um pouco pior (se estiver com um veículo 4x4 pode ir sossegado)
2- Avião: São Paulo a Santiago a partir de US$ 572,00 (+US$ 62,00 taxa de embarque) pela TAM, Varig, Lan Chile ou Aerolinas Argentinas. Santiago a Calama a partir de US$ 468,00 pela Lan Chiles Obs.: de Calama a San Pedro de Atacama - saem ônibus da rodoviária, regularmente. ( a partir de R$5,50 e com duração de 1:30hs aproximadamente)
3- Ônibus: É possível também ir de ônibus até Foz do Iguaçu, atravessar a fronteira da Argentina (vá de táxi, pois é muito barato) e em Eldorado seguir para Resistencia, depois Salta até chegar em San Pedro ( este último trecho, o ônibus leva por volta de 14horas com preços a partir de R$ 130,00....é preciso tempo e paciência. Ou você pode pegar um ônibus até Santiago no Chile (e de lá siga para San Pedro (23horas) ou Calama (25horas e preço a partir de R$75,00) . Dicas Infelizmente constatamos a fama da polícia Argentina e suas propinas salgadas. Neste país, a legislação exige que os carros andem com dois triângulos, cabo de aço e seguro internacional do carro. Mas sempre inventam alguma forma de tirar dinheiro de você. Negocie e procure pagar o menos possível * Já no Chile caso você faça alguma besteira, não tente subornar.
Veículos nas Altitudes Acima de 4.000m de altitude, não só sofremos com a falta de oxigênio (dores de cabeça e dificuldade de respiração) como os carros também. Os carros como dependem da combustão, têm uma performance mais lenta, e devido à diferença de pressão os freios hidráulicos tendem a falhar. O combustível no Chile é um pouco pior, em termos de qualidade, que no Brasil, então isto também diminuirá o consumo de seu carro.
Documentação: Argentina carteira de identidade ou passaporte, Para os Veículos carteira de motorista nacional, seguro internacional, autorização de condução no consulado argentino caso o veículo for alienado Chile carteira de identidade ou passaporte, Para os Veículos carteira de motorista nacional, autorização no consulado chileno caso o veículo for alienado. Se você estiver com a carteira internacional de motorista, ajuda muito em casos de acidente. Câmbio Na maioria dos lugares, não se aceita moedas em dólar ou notas de cinco ou um dólar, então ao fazer o câmbio, peça sempre notas acima de dez dólares.
Argentina: R$ 1,00 é equivalente a 1,00 peso argentino Chile: R$ 1,00 é equivalente a Ch$200,00 pesos chilenos
Trânsito No Chile, quando você deparar-se com uma placa escrito PARE, pare imediatamente e completamente seu carro, senão pode levar uma bela de uma multa e não adianta chorar, espernear ou tentar subornar o guarda, pois é falta gravíssima. Quando um guarda te parar na estrada, pare ao lado dele e não no acostamento, como fazemos no Brasil. Só saia de lá quando ele o permitir.
Planejamento: Faça um planejamento completo com todos os materiais, equipamentos, custos, dicas de quem já foi, muitos mapas e guias, telefones úteis e de emergência, refeições em restaurantes e até as comidas feitas por conta própria, locais com postos de combustível, condições das estradas, exigências de cada país, xerox de todos os documentos, locais de câmbio de dinheiro, roupas e sapatos apropriados, pois com isto, você terá muito mais tranqüilidade durante a sua viagem e no final vai sentir que valeu a pena.
Não pode faltar também... Não deixe de levar GPS, Galão de combustível, pá para tirar seu carro de algum atoleiro e lanterna.
Água Vale Ouro Leve muita água de estoque para os desertos, pois você pode ficar em maus lençóis se acabar no meio do caminho ou ter que pagar uma fortuna por ela. Lá, água vale ouro! Nós estocamos 125L de água, nos racks dos carros, para 20dias e foi a medida certa para 6 pessoas.
Alimentos: Não
é permitido entrar com alguns tipos de alimentos no Chile (frutas,
verduras, carnes, grãos, mel entre outros)
Caloi
Apoio:
AM4
a internet de resultados
Abraços do tamanho do Deserto do Atacama
Guilherme Rocha
OBS: PARA AQUELES QUE NÃO DESEJAREM RECEBER O BOLETIM 7 DIAS ON-LINE, BASTA MANDAR UM E-MAIL COM O ASSUNTO REMOVER. ![]() |