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| PARQUE NACIONAL
DA SERRA DA BOCAINA TRILHA DO OURO Sem dúvida a Trilha do Ouro é uma das opções mais atrativas do Parque Nacional da Bocaina. Geralmente o trajeto é feito em três dias de caminhada, sendo ideal alguma prática de trekking. Como já falamos, o trajeto é um verdadeiro resgate da história onde é possível pisar no secular calçamento chamado de “pé de moleque” sobre o qual mulas transportavam o resultado da mineração de Minas Gerais até Parati/RJ. Portanto a trilha percorre os limites de dois estados, saindo de São José do Barreiro/SP e chegando à vila de Perequê entre Angra dos Reis e Parati/RJ. Primeiro Dia A partida é feita da pequena e acolhedora cidade de São José do Barreiro em direção a entrada do Parque Nacional da Serra da Bocaina que dista 28 kms da praça da cidade onde há caminhões, jeeps, camionetes que fazem este transporte. Chegando na entrada do parque (é necessário pegar autorização prévia por fax na administração do parque) é conferido a documentação e aí é “pé na estrada”. Recomenda-se uma boa mochila cargueira para o transporte dos pertences além de uma bota confortável e amaciada. Logo nos primeiros 20 minutos chega-se a Cachoeira de Santo Izidoro, primeira parada obrigatória. Depois pela estradinha de terra, segue-se sem motivo para dúvidas até a entrada da Cachoeira das Posses, Segunda parada obrigatória. Neste ponto há um excelente local para camping, mas o ideal é sair bem cedo de São José dos Barreiros tendo como objetivo a Pousada Fazenda Barreirinha. O único local que pode gerar dúvida é na bifurcação em que o certo é seguir à esquerda (há placas indicando Faz. do Barreiro, pois seguindo à direita encontra-se o Hotel do Veado), o restante basta ir na estrada principal. Na Pousada Fazenda Barreirinha há banho quente, banheiro e é servido para aqueles que desejarem jantar caipira e café da manhã. Segundo Dia Saindo da Pousada Fazenda Barreirinha bem cedo o destino é a Cachoeira do Veado. Deste ponto em diante é recomendado ter um croqui oferecido pela administração do parque para evitar erros. Em uma curva em descida há uma bifurcação à direita e depois de algum tempo de caminhada começa o calçamento original da trilha do ouro composto por grandes blocos de pedras. Assim que chegar na casa azul e branca encravada entre dois grandes morros é necessário abastecer de água, devido a forte subida sem vegetação e a ausência de “bicas”. Já as margens do Rio Mambucaba você passará pela Fazenda Central em um local paradisíaco e mais adiante atravessando uma “pinguela” sobre o Rio do Veado chegará no local onde será montado o acampamento. Deste ponto já é possível ver a grande Cachoeira do Veado, onde vale a “pena” chegar ao seus pés e tomar um banho gelado. Terceiro Dia Este dia apresenta os melhores visuais. Tudo começa com a manhã aos pés da Cachoeira do Veado e após um café reforçado e desmontar o acampamento, logo a primeira emoção é passar sobre o Rio Mambucaba em uma pequena e longa “pinguela”. Subindo por alguns minutos logo começa o maior trecho de calçamento “pé de moleque” feito pelos escravos. Ao final desta subida, olhando para trás é possível ver melhor a queda do Veado. Daqui em diante é preciso muito cuidado para evitar uma torção, já que as pedras tem muito limo além de poder haver barro em alguns trechos. O percurso é todo ele feito dentro da mata atlântica sendo possível flagrar algum animal nos arredores. Quando você cruzar um pequeno riacho, estando à direita o Rio Mambucaba, esta é a divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Não deixe de reparar os grandes troncos das árvores, o aroma típico da floresta, ou seja, uma boa hora para você refletir o que pode fazer para conservar a natureza!!! A Trilha do Ouro praticamente encerra-se ao lado da “ponte pêncil” sobre o Rio Mambucaba, para aqueles que disporem de uma condução esperando, caso contrário, é necessário caminhar cerca de 14 km até Perequê. Se você tiver tempo e disposição, vale um banho de praia como prêmio na vila de Mambucaba. |
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