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CHAPADA DIAMANTINA

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A desconhecida Chapada Norte: Jardim das Pedras, Gruta dos Brejões e Mina de Ouro em Jacobina

Desconhecida, exótica, misteriosa, porém cheia de aventuras. Fora dos roteiros turísticos tradicionais, a Chapada Diamantina Norte contém grandes atrativos como uma infinidade de cachoeiras, grutas, cânion e cenários de rara beleza.

   

Seguimos em direção da cidade Morro do Chapéu e qual foi nossa surpresa? A cidade estava em festa e havia a Micareta. Naquele dia, a banda EVA deu um show e pudemos comprovar a alegria e energia do povo Baiano que dançou a noite inteira. Tivemos a honra de ver o por do sol no Jardim de Pedras, próximo à cidade, com pedras esculpidas pelo vento, dunas e cactos que denunciavam a rigidez da seca e ficamos curiosos com as formações e a paisagem “lunar”... Como aquela paisagem poderia existir naquele local. Mistérios da natureza!

Em Jacobina (283 km de Lençóis), conhecemos uma mina muito arcaica e vimos de perto a extração de ouro. Parecia que tínhamos dado um mergulho no passado devido ao método rudimentar: Depois da escavação de grutas, as rochas são quebradas com marretas, as pedras restantes são peneiradas com água e o garimpeiro, com seu olhar treinado, procura pontos mínimos brilhantes de ouro. Tivemos a sorte de acompanhar o achado de uma pedra com um ponto de no máximo 2 milímetros de ouro que somente eles perceberam. É incrível acreditar que eles passam os dias neste trabalho e juntam de R$50,00 a R$200,00, no máximo, por semana com este trabalho ingrato. Estes pedacinhos de ouro são aglomerados e depois transformados em pedaços maiores para ser vendido nas cidades.

 
 

Um novo dia amanheceu e partimos para a Gruta dos Brejões aonde existe um povoado simples, porém muito acolhedor.
Sr Luiz, destaque dos habitantes, nos ajudou a fazer nossa aventura – Um rapel de 120metros dentro da boca de uma caverna. Para chegar no pequeno povoado de Brejões, é possível somente com um carro 4x4, pois a estrada apresenta muitos buracos, travessias de rios, bancos de areia e grandes degraus formados por pedaços de rochas características da região do serrado. Não existem placas de sinalização, parece mesmo uma trilha de jegue, apesar de estar descrita em guias de estradas.

Neste dia, acampamos bem próximo a entrada da caverna e após um sono tranqüilo, começaram os cuidadosos preparativos de Zé Américo para o rapel seguro. Nosso objetivo era descer os 120 metros e explorar o interior da gruta. Por causa da grande altura, descer o gigantesco pórtico da entrada da caverna demorou bastante tempo, principalmente para os menos experientes. PatLinger, passou mais da metade do tempo de olho fechado por causa do vento que balançava muito e acabou desperdiçando o esplêndido visual oferecido e jurou que nunca mais faria isto na vida de tanto medo que passou na descida...pensam que cumpriu?

Exploramos o interior desta caverna que possui um lago, belas estalagtites, travertinas e clarabóias (acesso pelo alto da caverna que permite a entrada de raios de luz, embelezando ainda mais o seu interior)

Morro do Pai Inácio

Quando voltamos da Chapada Norte para a cidade de Lençóis, fizemos uma parada quase que obrigatória. Subimos no Morro do Pai Inácio (distante 12 km de Lençóis), principal cartão postal da Chapada Diamantina onde é possível ter uma visão privilegiada como a do Morro do Camelo.

Diz a lenda que um escravo engravidou a filha de um fazendeiro e fugiu das autoridades, subindo este morro. Lá do alto, Pai Inácio pulou com um guarda-chuva aberto, desaparecendo para sempre.

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